Oriente Médio
Israelenses e palestinos protagonizam novos conflitos na
Faixa de Gaza.
8/07/2014
Localizada na Palestina, entre Israel e o Egito, a
Faixa de Gaza é um território hostil cercado por muros, com espaço aéreo e
marítimo controlado e bloqueado. Os conflitos nesta área do Oriente Médio são
cíclicos, ou seja, se repetem periodicamente. No início deste mês de julho
emergiu, novamente, na região uma série de combates que estão devastando a
população.
Os israelenses e palestinos são os dois grupos que polarizam as ofensivas e cada grupo acredita que Gaza pertence a ele. “Tomar de volta o que um dia foi seu por direito”. Este é o lema que mobiliza a luta dos israelenses que afirmam que a Faixa de Gaza é ocupada por invasores.
Por outro lado, se encontram os palestinos que se
estabeleceram no território desde que vieram refugiados de outras terras e
defendem a sua permanência por enfatizarem que “eles têm o direito de ficarem
onde sempre se concentraram.”
Mas, não são apenas as questões geográficas que
norteiam as impasses em Gaza. A religiosidade também é um fator central nestes
conflitos, uma vez que o território é considerado a Terra Prometida e tanto os
israelenses quanto os palestinos creem que a região é sagrada e por isso, não
pode ser ocupada com a presença de povos com crenças diferentes das deles.
Os Números do Conflito
Os israelenses e
palestinos são os dois grupos que polarizam as ofensivas.
O atual conflito na região é a terceiro dentro de um
período de cinco anos. O estopim para mais este momento de guerra foi o
sequestro e morte de três jovens, sendo dois israelenses e um palestino. O
grupo palestino Hamas que significa “movimento de resistência islâmica” e
o exército de Israel são os responsáveis pelos principais ataques.
Ativistas palestinos lançaram cerca de 80 foguetes
contra o sul de Israel e como retaliação a aviação israelense iniciou ataques
aéreos contra a Faixa de Gaza. O número de mortos ultrapassou os 200 e segundo
a Organização das Nações Unidas (ONU), a maioria dos mortos eram civis.
Na última quinta-feira, 17 de julho, tanto os
palestinos do grupo Hamas quanto o exército de Israel suspenderam os ataques
durante cinco horas para que os corpos e feridos fossem retirados. Esta trégua,
proposta pela ONU, abriu espaço para que a população protagonizasse uma
verdadeira corrida aos mercados e as agências bancárias. No período de
cessar-fogo os serviços de emergência palestinos contabilizaram que 1,6 mil
pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza.
Perspectivas
Ainda não sabemos quais serão os desdobramentos destes
atuais conflitos. Já foram registradas mortes de crianças e mais de 100 mil
israelenses foram orientados a abandonarem suas casas. Também foi identificado
o início da ofensiva terrestre por parte de Israel.
Os conflitos na Faixa de Gaza são preocupantes e
repercutem mundialmente. Até o momento nada foi resolvido naquela região e
todos os impasses políticos e territoriais que deram início aos confrontos
ainda são vigentes.
A sensação de impossibilidade de negociação e
impunidade aumenta gradualmente e assim, fomenta discussões sobre quando isso
acabará. Infelizmente, não é possível prever. O que fica é a esperança de que
um dia, segundo Nelson Mandela, “ninguém nasça odiando outra pessoa pela
cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião.”
Fonte:
Escola 24h
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