Sabão e resina biodegradável magnéticos
Um
ramo da Física chamado de magnetismo contribuiu em muito para melhorar
nossas condições de vida. Graças aos estudos realizados nesse ramo,
podemos produzir energia elétrica, temos componentes eletrônicos e
eletroeletrônicos. Contudo, o magnetismo não se restringiu apenas a
isso. Uma nova aplicação criada por cientistas britânicos é o chamado
sabão magnético.
O
sabão magnético consiste em uma substância onde temos sais ricos em
ferro, que estão dissolvidos em água. Esses sais, devido à presença do
ferro, são sensíveis à aplicação de campos magnéticos externos. O que os
cientistas fizeram foi misturar essa substância em um sabão funcional,
por exemplo, um detergente líquido. Esse detergente poderia ser
utilizado em derramamentos de óleo. Ele seria lançado sobre o óleo e
facilmente coletado após o uso, reduzindo o impacto ambiental, e o mais
importante: haveria uma limpeza efetiva do local atingido pelo óleo.
Abaixo, temos um gráfico que mostra alguns valores de vazamentos de petróleo e seus respectivos anos.
Seguindo
a ideia de aproveitar o magnetismo em substâncias, uma equipe de
cientistas brasileiros, da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), utiliza minerais e substâncias da castanha-de-caju e da mamona
para criar uma resina biodegradável, solúvel em petróleo e que se
concentra quando magnetizada. Segundo a equipe, esse composto
facilitaria a limpeza de águas contaminadas por vazamentos.
A
resina criada pela equipe da UFRJ é feita com cardanol e glicerol,
extraídos do líquido da castanha-de-caju e do óleo da mamona, matérias
abundantes no Brasil. Para acrescentar a parte magnética adiciona-se, em
frações nanométricas, a maghemita, um mineral ferromagnético. Quando
adicionamos esse composto onde houve derramamento de petróleo, a resina
atrai e concentra o óleo, reduzindo assim a área onde o óleo se
espalhou. Como o composto é produzido na forma de pó, facilita sua
aplicação. Para retirar a mistura de petróleo e resina da água, basta
usar ímãs.
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