quinta-feira, 28 de agosto de 2014

FUSOS HORÁRIOS

     A Terra é dividida em 24 fusos horários. Brasil hoje apresenta 3 fusos, além do horário de verão, definido por questões políticas e territoriais.

A Terra apresenta um sistema de fusos horários, criados através de uma conferência realizada no século XIX em prol da padronização do horário mundial. Os fusos horários podem ser definidos como zonas delimitadas por dois meridianos consecutivos da superfície terrestre, cuja hora legal, por convenção, é a mesma.

Para entendermos como calcular o fuso horário, devemos ter como referência o tempo em em que a Terra leva para dar uma volta completa em torno de seu próprio eixo, ou seja, o movimento de rotação.

O planeta leva aproximadamente 24 horas (23 horas, 56 minutos e 4 segundos) para realizar a rotação. O cálculo foi elaborado a partir da divisão da elipsoide da Terra (que é uma circunferência de 360°) por 24 horas. Isso significa que cada 15º de amplitude no mapa equivalem a uma hora.
Divisão internacional de fuso horário (Foto: Reprodução)Divisão internacional de fuso horário (Foto: Reprodução)

O marco inicial é o Meridiano de Greenwich (linha imaginária que secciona a Terra de um polo a outro, como se dividíssemos uma laranja em gomos), conforme se desloca para leste ou oeste deste meridiano, os fusos são alterados. Partindo do princípio de que a “Terra gira de oeste para leste”, os fusos a leste de Greenwich têm as horas adiantadas. Já os fusos situados a oeste têm as horas atrasadas em relação à hora de Greenwich.

É importante destacar que o intervalo de tempo considerado por um país como igual para um determinado fuso, refere-se a uma zona demarcada politicamente por uma nação. Assim, a hora legal ou oficial pode variar de um país para outro, ou mesmo, dentro do próprio território que o delimita.

Já a hora local é aquela referida a um meridiano local específico. Esse horário é determinado de forma que, quando o sol estiver exatamente sobre o meridiano escolhido, ao “meio-dia”, ajustam-se os relógios para marcarem 12 horas. Pode-se dizer, assim, que cada ponto localizado sobre a superfície terrestre possui uma hora diferente de qualquer outro situado em um meridiano que não fora o escolhido inicialmente como padrão. 

Divisão de acordo com a política nacional de territórios (Foto: Reprodução)Divisão de acordo com a política nacional de territórios (Foto: Reprodução)
O Brasil apresenta uma grande extensão territorial no sentido leste-oeste, com isso, de acordo com a divisão padrão na formulação de fusos horários, o país estaria com quatro fusos diferentes e, durante muitos anos, foi utilizada essa forma.
Entretanto, em 2008, foi aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma lei (11602/2008) proposta pelo Senador Tião Viana (PT-AC) para reduzir um fuso horário na Região Norte. Neste sentido, o extremo oeste do território brasileiro (localizado a -75º Oeste do Meridiano de Greenwich) teve seu horário reduzido em uma hora, estabelecendo o mesmo horário do fuso de 60°, como o maior parte da região.
Essa medida teve como principal objetivo adequar os horários dos programas televisivos exibidos em rede nacional, levando-se em consideração a faixa etária da população. Há países que também fizeram alterações em seus fusos horários, a China, por exemplo, é a terceira maior extensão territorial do mundo e, mesmo assim, convencionou seu território com apenas um fuso horário, ou seja, em qualquer parte que estiver no território chinês o horário será o mesmo.
Segundo a lei nº 11.662, de 24 de abril de 2008, a partir de zero hora de 24 de junho de 2008 passaram a vigorar no Brasil três fusos horários, em oposição aos quatro fusos horários que utilizaram antes. Para alguns críticos, os principais interessados nessa alteração são: a mídia (como emissoras de televisão, o rádio, etc), com a classificação indicativa dos programas. Em contrapartida, a maioria dos acreanos (56,77%) decidiu, em referendo em Outubro de 2008, a volta ao fuso horário antigo, mas sem sucesso.
O horário de verão é outra alteração largamente utilizada, também conhecida como horário de aproveitamento da luz diurna, adotado há bastante tempo em diversos países – nos Estados Unidos, por exemplo, foi adotado durante a Primeira Guerra Mundial. Essa forma de interferir nos horários ditos “normais” trata do melhor aproveitamento da luz solar no período de verão, pelo simples adiantamento, normalmente de uma hora, o que possibilita uma redução significativa no consumo de energia elétrica.
No Brasil, a incorporação do horário de verão depende do governo local, os estados que estão mais próximos da linha do Equador tendem a não incorporação desse horário, que adianta a hora local em uma hora, pois a variação solar nessa “região” é muito menor do que em locais com latitudes maiores, onde a luz do sol pode ser aproveitada por mais tempo.
Infográfico sobre horário de verão no Brasil (Foto: G1)
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Infográfico sobre horário de verão no Brasil (Foto: G1)
Os fusos horários estão referidos ao Meridiano de Greenwich ou Meridiano Internacional de Origem (meridiano que passa sobre o antigo Observatório Real de Greenwich, em um subúrbio a leste de Londres), cuja longitude é de zero grau, e ao seu antimeridiano, a 180° deste, sobre o qual se localiza a Linha Internacional de Mudança de Data ou, simplesmente, Linha Internacional de Data.
Esquema com fusos horários e a Linha de Mudança de Data (Foto: Reprodução/Colégio Qi)Esquema com fusos horários e a Linha de Mudança de Data (Foto: Reprodução/Colégio Qi)
O Meridiano de 180º (oposto ao de Greenwich) é denominado Meridiano Internacional de Mudança de Data, traçado no meio do Oceano Pacífico para fixar a troca de data. Nas vizinhanças desse meridiano, tanto a leste como a oeste, a hora civil é a mesma, mas a leste a data é um dia mais tarde do que a oeste. Isso é fácil de verificar a partir de um círculo dividido em 24 setores iguais, subentendendo 15º de circunferência cada um (para representar os fusos).
Os fusos horários são numerados de 1 a 12, a partir do meridiano de origem, com sinal positivo para leste, quando as horas estão adiantadas em relação à origem, e sinal negativo para oeste, quando as horas estão atrasadas em relação a ela.
Como cada um dos 24 fusos (ou 24 meridianos) possui amplitude de 15°, tem-se que, por exemplo, o primeiro fuso de 0° de longitude, sobre o meridiano de Greenwich, terá 7°30` (metade de 15º) na direção leste e 7°30` na direção oeste. Sendo assim, sempre se deverá considerar, para efeito de cálculo de horas, essa amplitude de 7°30` para cada lado do meridiano considerado.
Usando um exemplo prático, ao viajarmos para leste, devemos adicionar 1 hora ao relógio por cada zona de tempo padrão; já para oeste, devemos subtrair uma hora a cada zona de tempo padrão (a cada 15º).

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