sábado, 16 de agosto de 2014

TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO

   O Projeto de Transposição do Rio São Francisco não é uma ideia nova, esse projeto foi criado há décadas, mas foi ampliado no governo Lula. Com esse projeto o governo federal pretende solucionar o grave problema da seca no Nordeste, pois distribuiria água a 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte – uma população de 12 milhões de nordestinos.
   E como solucionar esse problema? O plano do governo é ligar pequenas bacias hidrográficas do Nordeste e também seus açudes ao Rio São Francisco através de imensos canais. E para efetivar a distribuição da água, seriam construídas adutoras.
   Em 2009, estimava-se um gasto de R$ 4,5 bilhões nessa obra, que teria um prazo de conclusão de 20 anos.
Rio São Francisco
Rio São Francisco
  Porém, essa ideia não agradou a todos. Ambientalistas e representantes de outros setores da sociedade, incluindo a Igreja Católica, criticaram o projeto. Mas o governo foi firme na resposta, afirmando que todas as críticas podem ser derrubadas se forem analisados a quantidade de empregos que pode ser gerado a partir do projeto e os benefícios que o povo nordestino terá.
   O projeto do governo se estende à recuperação do rio São Francisco e de seus afluentes, pois vários desses rios sofrem problemas de assoreamento, decorrentes do desmatamento para agricultura.
O projeto tem seus prós e contras
   Segundo o geógrafo Aziz Ab’Saber, o projeto não resolveria o problema da seca nem na metade da população nordestina, já que o problema abrange um espaço fisiográfico socioambiental da ordem de 750.000 km2.
Na opinião de Aziz Ab’Sáber, os horticultores da beira do rio, serão prejudicados, já que nos cinco ou seis meses em que o rio não corre, quem terá água disponível serão os grandes pecuaristas, criadores de gado, proprietários de terra e moradores de luxuosos apartamentos em grandes centros urbanos.
Os ambientalistas, que são contra a transposição, dizem que o projeto causará danos à fauna e à flora da região – e que serão desmatados 430 hectares.

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