Países
da África sofrem com o surto da doença.
01/08/2014
Ebola é uma doença infecciosa grave e pouco conhecida
no Brasil. Nos últimos dias, a doença vem ganhando espaço nos noticiários
nacionais e internacionais por causa do grande número de registros de pessoas
infectadas em alguns países africanos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Guiné,
Libéria, Nigéria e Serra Leoa são os países que apresentam o maior número de
registros. Desde o último dia 27 de julho, 729 pessoas já haviam morrido e mais
de 1,3 casos confirmados.
Os
números que afirmam este surto de ebola preocupam a comunidade médica
internacional, uma vez que em apenas quatro dias – 24 e 27 de julho – 57
pessoas diagnosticadas com a doença morreram nesses países da África. Afirma-se
que esta é a maior epidemia desde que o ebola foi caracterizado em 1976.
O vírus
O vírus ebola é um filovírus, sem classificação e de
formato filamentoso. A sua infecção causa a Febre Hemorrágica Ebola (FHE) e de
acordo com os especialistas, a doença é extremamente perigosa e possui alto
índice de mortalidade, chegando a 90%.
A primeira vez que o vírus foi identificado, há quase
quatro décadas, foi nas proximidades do Rio Ebola na República Democrática do
Kongo e, por causa desta questão territorial recebeu este nome.
Transmissão e diagnóstico
A transmissão da doença ocorre através do contato
direto com o sangue ou fluidos de pessoas já infectadas. Os sintomas se
concentram na multiplicação do vírus nas células do fígado e pulmão, por
exemplo, provocando intensa hemorragia. Febre alta, diarreia, dor de cabeça e
muscular, vômito, conjuntivite, fraqueza e erupções na pele são algumas das
manifestações. O desenvolvimento do ebola no organismo da pessoa é tão
devastador que sangramentos e alterações de comportamento são percebidas.
Infelizmente, para tratar o ebola não há nenhum tipo
de remédio, cirurgia ou vacina.
Para diagnosticar a doença, por meio de amostra
sanguínea, é indispensável um meticuloso cuidado. Os profissionais da saúde que
têm contato com os pacientes usam uma roupa de proteção para evitar o contágio.
O médico virologista Sheik Umar Khan, o único especialista em febre hemorrágica
viral na região de Serra Leoa, morreu, recentemente, com os sintomas da doença.
O Ministério da Saúde de leonês enfatizou que está foi uma perda irreparável
para o país.
Medidas para conter o surto
Para os casos recentes, a OMS divulgou um comunicado
exigindo que as autoridades africanas adotem procedimentos drásticos para
impedir que o surto avance até os países vizinhos. O presidente de Serra Leoa,
Ernest Bai Koroma, declarou situação de emergência pública, a Nigéria fechou e
isolou um hospital e na Libéria as fronteiras foram bloqueadas, as reuniões
públicas foram limitadas e os voos que iam para Serra Leoa suspensos.
O Ministro da Saúde brasileiro, Arthur Chioro,
ressaltou que o Brasil está seguindo todas as recomendações da OMS e
tranquilizou a população dizendo que “a situação nesses países se agrava pois
são regiões em conflito, aonde os profissionais de saúde muitas vezes têm dificuldades
para chegar. Mas, pelas características de transmissão da doença, não há risco
de disseminação global."
Infelizmente, para tratar o ebola não há nenhum tipo
de remédio, cirurgia ou vacina. A quarentena, distanciamento total das pessoas
infectadas e o enterro ou cremação imediata dos mortos são os principais
tratamentos.
As ações políticas e humanitárias já estão sendo
desenvolvidas com o objetivo de ajudar Guiné, Libéria, Nigéria e Serra
Leoa. O Brasil enviará 14 kits com 48 tipos de produtos, sendo 30 remédios.
Esperança na cura
A sensação desta falta de controle da epidemia
preocupa as autoridades políticas de diversos países. Mas, inúmeras ações já
estão sendo desenvolvidas para diminuir a incidência do ebola nos países
africanos. O que fica é a esperança de que um dia doenças cruéis como esta
tenham um tratamento eficaz e sejam totalmente erradicadas.
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