Arquimedes (287 - 232 a.C), matemático e sábio grego, é considerado o pai da mecânica teórica.
Entre seus inventos temos o parafuso sem-fim, a roda dentada, a roldana móvel e o sistema de roldanas.
Registra
a história que Hierão II, rei da Siracusa na Sicília (Itália), mandou
construir uma coroa de ouro para ser ofertada no altar dos deuses.
Tendo contratado os serviços de um joalheiro, entregou a este a quantidade de ouro para executar o projeto da coroa.
Assim que a coroa ficou pronta, o joalheiro levou-a ao rei e devolveu-lhe a parte do ouro que não fora utilizada.
Hierão
II pagou os serviços do joalheiro que, agradecendo, retirou-se do
palácio. Contudo, uma dúvida assaltou o rei: Será que o joalheiro havia
feito uma coroa totalmente de ouro?
GEPEQ. Interações e Transformações I: Química para o Ensino Médio: Livro de Exercícios, volume 1. 1a ed. Edusp: São Paulo, 1998.
A solução proposta por Arquimedes
Querendo
ter certeza quanto à honestidade do joalheiro, Hierão II mandou chamar
Arquimedes, o sábio de Saracusa. Este, em outras ocasiões já havia
resolvido problemas dificílimos. O rei pediu, então, a Arquimedes que
verificasse se a coroa era realmente de puro ouro.
Arquimedes
ficou pensativo e silencioso, pois a solução do problema parecia não
estar a seu alcance. Tratava-se de uma coroa de desenho complicado e de
medição impossível. Se fosse um cubo de ouro, por exemplo, seria fácil
determinar seu volume e sua densidade. Neste caso, bastaria saber a
densidade da coroa e compará-la com a densidade do ouro puro, e o
problema estaria resolvido. Arquimedes pediu ao rei que lhe desse alguns
dias para tentar resolver o problema. Levou a coroa para casa, pesou-a,
comparou pesos, calculou quanto de prata poderia haver ali. Não
encontrou, porém, uma solução que pudesse comprovar a suspeita do rei.
Sete
dias após, numa certa manhã, enquanto tomava seu habitual banho morno,
notou que seu corpo parecia pesar menos dentro da água do que fora dela.
Observou
então que, quando entrava na água, um certo volume desta se deslocava.
Refletindo sobre o porquê do fenômeno, a solução do problema da coroa
veio-lhe à mente.
Feliz da vida, Arquimedes levantou-se da banheira gritando:
- Eureka! Eureka! (Achei! Achei!)
Veja como ele resolveu o problema:
Cuidadosamente,
Arquimedes apanhou uma vasilha com água e mergulhou ali a coroa. Assim
que a coroa afundou um certo volume de água afundou e foi recolhido. O
volume de água recolhido deveria ser igual ao volume da coroa. Em
seguida, Arquimedes pegou uma barra de ouro puro com o mesmo peso da
coroa e repetiu a experiência, recolhendo o volume de água transbordado.
Comparou os volumes recolhidos e verificou que a coroa havia deslocado mais água do que a barra de ouro puro:
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