terça-feira, 29 de julho de 2014

VALE APENA CHUTAR NO ENEM?

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Para explicar a TRI de maneira mais simples, Júdice compara o sistema a uma consulta oftalmológica: “O médico coloca uma lente atrás da outra e pede para você ler as letras. Ele conhece o grau de cada lente. Ele não quer saber quantas letras você acertou, ele quer descobrir o seu grau, algo interno a você. Como ele não tem acesso direto a isso, ele usa algo externo e dependendo do padrão ele vai te posicionar em uma escala. É isso que a TRI faz”, explica.
“Eu apresento uma série de questões como se fossem lentes, dependendo daquelas que ele acertar eu vou saber o grau do aluno, dependendo do acerto eu sei se ele melhorou ou piorou em leitura, em matemática e em outras competências”, compara Júdice.
Na prática, funciona assim: uma questão que teve baixo índice de acertos é considerada “difícil” e, portanto, tem mais peso na pontuação final. Aquelas que têm alto índice de acertos são classificadas como “fáceis” e contam menos pontos na nota final do candidato. Dessa forma, dois participantes que acertaram o mesmo número de itens poderão ter médias finais diferentes, dependendo do nível de dificuldade de cada uma dessas questões.
Também não é possível comparar o número de acertos nas provas de diferentes áreas do conhecimento. Se um aluno acerta a mesma quantidade de itens nas provas de matemática e ciências humanas, por exemplo, não significa que a pontuação obtida será igual. Isso porque o nível de dificuldade de cada prova e dos diferentes itens que a compõem afetam esse cálculo final.
  
Sistema ‘antichute’

A TRI consegue até mesmo identificar o famoso “chute”. Segundo Júdice, se um candidato só acerta questões até o nível 300, depois erra tudo e acerta uma única questão de um nível maior, o modelo encara essa questão com um peso menor, pois considera que ela não mostra muito bem o nível do aluno, já que no restante da prova ele está abaixo.
        “O chute não vai piorar a nota, em última instância você pode até acertar algumas questões. Existe o acerto casual. Minha recomendação é que o aluno faça tudo, mesmo que não tenha certeza. Vá primeiro nas questões que tem mais segurança, mas tente fazer toda a prova, é o melhor”, afirma.

Notas máximas e mínimas

Após a divulgação do resultado individual de cada candidato no Enem, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) também publica as notas máximas e mínimas de cada área da prova. Essas notas servem como parâmetro para o inscrito saber se foi bem ou mal no exame, já que não existe 0 ou 1.000 nas provas de múltipla escolha.
A única parte da prova que não usa a TRI para a correção é a redação. Nela é possível o candidato tanto zerar como conseguir nota 1.000.

Fonte: http://www.segredosdoenem.org/

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