sexta-feira, 25 de julho de 2014

COMO O PLANO REAL PODE CAIR NO ENEM 2014


O Plano Real completa 20 anos em 2014, portanto as chances de ele ser cobrado no Enem são grandes. Entenda como:
 Fonte: Universia Brasil





O Plano Real foi uma estratégia adotada pelo governo em 1994 a fim de, entre outras coisas, controlar a hiperinflação econômica que o país vivia. Neste ano, o Plano completa 20 anos, fato o que o torna um assunto relevante para aredação do Enem 2014.
Mas, você se sente preparado para argumentar sobre o tema? Se a sua resposta foi não, não se preocupe: a Universia Brasil conversou com diversos professores que explicaram os pontos mais importantes que levaram o Brasil à hiperinflação e quais eram os objetivos centrais do Plano Real. Conhecendo bem o assunto, você conseguirá estruturar a sua redação de uma forma muito mais segura e assertiva.

As origens da hiperinflação
Segundo o professor de ciências políticas João Peschanski, da Faculdade Cásper Líbero, pode-se dizer resumidamente que a hiperinflação foi o resultado da política inflacionária que começou no período do Milagre Econômico, caracterizado pelo enorme crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre 1968 e 1973. “O Milagre Econômico deu-se à custa de aumento de pressões inflacionárias e problemas na balança comercial, iniciadas com as crises dos anos 1970”, explicou.
Além disso, o Brasil se endividou bastante com as chamadas “obras faraônicas” e que não havia retorno desse crescimento à sociedade, como completou o professor Elias Feitosa, que dá aulas de história noCursinho da Poli. “O governo começou a investir obras gigantescas, como a usina hidrelétrica de Itaipu e a rodovia Transamazônica, no entanto a pobreza aumentou, alimentando a insatisfação popular”, afirmou.
Durante esse período o Brasil já tinha contraído diversas dívidas externas, mas foi em 1973 que a situação se agravou: nesse ano ocorreu a Crise do Petróleo, que culminou no aumento no valor do produto e barrou o crescimento econômico acelerado, marcando o fim do Milagre Econômico e o início do ciclo de dependência com o FMI, pois a saída encontrada pelo governo para enfrentar a crise foi contrair um empréstimo.

Antes do Plano Real 
Antes do Plano Real, o País passou por diversos planos, como o Cruzado e o Bresser, porém todos falharam. “A década de 1980 ficou conhecida como ‘A Década Perdida’”, disse o professor Feitosa.
Quando Collor assume, em 1987, o Brasil já está tomado pela inflação. O então presidente adota medidas drásticas para reverter a situação, como explica o professor Peschanski: “Collor adotou medidas como reformas monetárias, administrativas, fiscais e uma série de medidas liberalizantes, como a privatização”, disse.
O resultado? Segundo o professor, uma catástrofe. “O PIB retraiu mais do que nunca em 1990 e houve ainda confisco de liquidez. Vale notar que houve redução inflacionária imediata (que passou de 80% ao mês a 10% ao mês), mas isso durou pouco. Em 1991, a inflação era de 480% e, em 1993, atinge o teto de 2.708%”, completou o professor.

O Plano Real
É importante que o aluno saiba que o Plano Real teve três fases: a primeira foi o controle dos gastos públicos, com a criação de novos impostos e a concessão de mais flexibilidade ao governo a fim de facilitar a tomada de decisões mais rápidas; a segunda foi a criação da Unidade Real de Valor (URV), que “convertia” os preços em cruzeiros para URVs (1000 cruzeiros = 1 URV); e a terceira etapa foi a instituição do próprio Real como moeda.
Quanto aos pontos positivos do Plano Real, o professor Peschanski afirma que “com ele, a taxa de inflação caiu muito e de forma rápida e, além disso, a economia cresceu”. No entanto, ele completa dizendo alguns pontos não tão bons da estratégia: “O Plano Real é uma política insuficiente, já que não estabelece padrões e projetos de desenvolvimento e de redistribuição. Ele precisou (e precisa constantemente) harmonizar-se com políticas mais ambiciosas para o país”, concluiu o professor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário