Veja a análise dos
professores das disciplinas mais cobradas nas provas do Enem 2013, exceto a
prova de língua estrangeira.
A maioria deles considerou que
o Enem ficou muito mais "conteudista" em 2013, deixando um pouco de
lado o perfil dos anos anteriores, quando as provas pediam mais interpretação e
cultura geral dos participantes.
Veja as análises por
disciplina:
HISTÓRIA
Para o coordenador do curso
QG do Enem e professor de História, Márcio Branco, a disciplina este ano veio
com um nível de dificuldade maior do que nos últimos anos por cobrar temas
específicos da historiografia como os reinados de D. Pedro I e D. Pedro II.
Branco ressaltou ainda que a prova seguiu a tendência geral de dar maior
destaque à historiografia negra e suas heranças no Brasil. No Enem 2013, 25%
das questões eram relacionadas a essa temática.
QUÍMICA
A mesma percepção teve o
professor de Química do QG do Enem, Marco Santos. Segundo ele, a prova aumentou
o seu grau de dificuldade ao incluir questões específicas como a medição do pH
da água durante o processo de desinfecção. A pergunta do Nanokid, que tanto
surpreendeu os candidatos e fez sucesso nas redes, foi considerada fácil pelo
professor.
FÍSICA
Já em Física, as fórmulas
foram as grandes protagonistas da prova, segundo o professor Fábio Oliveira, do
curso Pensi. Para ele, o Enem exigiu dos alunos que eles soubessem um pouco
mais de fórmulas decoradas, em detrimento da tendência de anos anteriores, que
era a compreensão de fenômenos e teorias. Fábio dá como exemplo a questão de
magnetismo, que exigia do candidato um conhecimento prévio de uma fórmula que
nunca tinha caído nos vestibulares: “F=BIL”.
BIOLOGIA
De acordo com o professor
de Biologia do Curso Pensi, Rafael Cafezeiro, a prova manteve o mesmo nível de
dificuldade do ano passado, equilibrando-se entre questões interpretativas e
conteudistas. No entanto, ele chama atenção para a presença de tópicos que
antes só apareciam nas antigas provas específicas de vestibulares como o da
UFRJ e UFF: fisiologia e citologia. Já em relação à questão da circulação
sanguínea, que chegou a cair de modo semelhante no vestibular da Fuvest de
2007, Rafael considera que não houve cópias por parte da banca do Enem. Segundo
ele, experimentos famosos como este são comuns de serem cobrados em diversos
processos seletivos.
GEOGRAFIA
De acordo com o professor
Cláudio Falcão, que dá aulas no Colégio e Curso pH, a prova deste ano teve uma
característica conteudista mais acentuada, deixando em segundo plano questões
de natureza mais interpretativa e de solução de problemas. Para ele, o Enem
resgatou temas tradicionais da geografia como urbanização, questão ambiental e
crescimento populacional, mas não deixou de discutir temas relacionados a
cidadania, como os direitos dos homossexuais e da mulher, além da reforma
agrária.
MATEMÁTICA
Na opinião de Matheus
Secco, professor de Matemática do Curso Pensi, o Enem 2013 foi mais difícil do
que o do ano passado por conta da maior profundidade em conteúdos,
principalmente em duas questões de Geometria. No entanto, segundo Secco, a
banca manteve a preocupação de contextualizar as questões.
PORTUGUÊS
Na avaliação do professor
de português do Pensi, Bruno Varizo, as questões de Português estavam bem
elaboradas, porém mais conteudistas do que nos anos anteriores. Segundo ele,
foram cobradas questões gramaticais mais diretas, como elipse de sujeito, que
exigiam mais conhecimento e concentração dos candidatos. Outra surpresa foi o
não aparecimento de vanguardas na prova. Por outro lado, o exame não deixou de
lado o aspecto visual, com charges e propagandas que misturavam diferentes
linguagens.
FONTE:
O GLOBO
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