sábado, 1 de novembro de 2014

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Aula de Geografia Enem

 

       Estude uma das principais transformações da história da humanidade e tire todas suas dúvidas sobre a Revolução Industrial nesta aula de Geografia Enem.

 
A Revolução Industrial
Geografia Enem

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A Inglaterra foi o berço da Primeira Revolução Industrial a partir da segunda metade do século XVIII, a qual se expandiu para outros países no século XIX. Com a Revolução, ondas de concussão industrial viajaram pelo mundo inteiro até os dias de hoje, quando ainda inquietas e ávidas por inovações, repousam no Vale do Silício norte-americano (região da Califórnia que liga as cidades de São Francisco e San Jose) ou em Bangalore, na Índia.
Considerada por muitos como o grande divisor de águas na história da sociedade, o historiador inglês Eric Hobsbawm assim a descreveu:
“A Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida humana já registrada em documentos escritos. Durante um breve período ela coincidiu com a história de um único país, a Grã-Bretanha. Assim, toda uma economia mundial foi edificada com base na Grã-Bretanha, ou antes, em torno desse país, que por isso ascendeu temporariamente a uma posição de influência e poder mundiais sem paralelo na história de qualquer país com as suas dimensões (…)”. In: HOBSBAWM, Eric. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. 5 ed. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 2003. p. 13.
A Evolução na forma de produção
O artesanato
Durante a Idade Média predominou o artesanato, uma forma de produzir coisas, ainda comum em muitos lugares do Brasil.
Dica 1 – Estude sobre a Evolução da Economia agroexportadora brasileira em mais uma aula de Geografia Enem e fique preparado para o dia das provas http://blogdoenem.com.br/economia-agroexportadora-brasileira-geografia-enem/
Na produção artesanal, todas as tarefas são desenvolvidas (quase sempre) pela mesma pessoa, ou seja, o Artesão participa de todo o processo produtivo.
A manufatura
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A manufatura surgiu quando os comerciantes europeus perceberam que deviam produzir mercadorias, pois a população da Europa cresceu consideravelmente e também os seus produtos poderiam ser enviados para a América, África e Ásia (continentes que os europeus haviam colonizado).
Aqueles comerciantes que tinham mais posses – isto é, dinheiro – reuniram homens, mulheres, jovens e crianças para trabalhar nas oficinas e fabricar produtos. Os donos dessas oficinas forneciam a matéria-prima e pagavam aos trabalhadores uma certa quantia pelo trabalho realizado.
Na manufatura, o trabalhador não é dono dos meios de produção (oficina, ferramentas, etc.) e existe uma divisão do trabalho (cada pessoa desempenha uma tarefa na produção).
Todos os equipamentos são manuais, ou seja, devem ser manejados pelos trabalhadores para funcionar.
É com a invenção e utilização das máquinas nas primeiras fábricas que se iniciaram as mudanças que caracterizam a Revolução Industrial: cada máquina substitui várias ferramentas e realiza o trabalho de diversas pessoas.
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Mas as fábricas, mesmo equipadas de máquinas, precisam de trabalhadores para “auxiliá-las” na produção das mercadorias. Assim surge o trabalhador assalariado, ou seja, as pessoas que foram trabalhar nas fábricas em troca de um salário. Assim surgem, portanto, patrões (donos das fábricas) e empregados (trabalhadores das fábricas).
A máquina a vapor, aperfeiçoada na década de 1760, foi um invento dos mais importantes para o desenvolvimento da Revolução Industrial. Isto porque o uso do vapor como fonte de energia possibilitava substituir as energias muscular, do vento e a força da água por uma energia mecânica.
Dica 2 – Estude sobre os Modos Produtivos em mais esta aula de Geografia Enem. Entenda a evolução da cadeia produtiva ao longo da história da humanidade http://blogdoenem.com.br/evolucao-dos-modos-produtivos-geografia-enem/
Fatores que determinaram o pioneirismo inglês no processo de industrialização:
O acúmulo de capitais (riquezas, dinheiro), conseguido através da expansão marítima (lucros do tráfico de escravos, pirataria e exploração de colônias);
- A Revolução Inglesa do século XVII, que eliminou os entraves feudais e permitiu o avanço capitalista no campo (cercamentos, isto é, expulsão dos camponeses das terras para usá-las como pastagens, para criação de animais, como cavalos e/ou ovelhas);
- Os avanços tecnológicos experimentados pelos ingleses, como a mencionada invenção da máquina a vapor e, posteriormente, o desenvolvimento dos meios de transporte (ferrovias);
- O desenvolvimento da metalurgia, indispensável à fabricação de máquinas, trilhos de ferro, etc.;
- A existência de reservas de carvão e ferro, tão necessários para o funcionamento das fábricas;
- A mão de obra farta e também barata, uma vez que milhares de camponeses tiveram que deixar o campo e partir para as cidades, devido aos cercamentos.
Expansão industrial
A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção. Nessa fase, as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo), o aparecimento de novos produtos químicos e a substituição do ferro pelo aço.
França
A grande Revolução de 1789 destruiu os remanescentes da velha ordem feudal e criou condições para o desenvolvimento do capitalismo moderno. O processo de industrialização foi, entretanto, afetado pela ausência de jazidas de carvão no país e prejudicado pela derrota na guerra França-Prussiana, em que a França foi obrigada a ceder à Alemanha a região da Alsácia Lorena, rica em jazida de ferro.
Alemanha
Como o resultado da Guerra franco-prussiana, em 1870, houve unificação alemã, que, liderada por Bismarck, impulsionou a Revolução Industrial no país.
O Vale do Ruhr (em alemão, Ruhrgebiet, coloquialmente, Ruhrpott) é a região metropolitana mais populosa da Alemanha e também a maior região industrial da Europa. Está situada no centro do estado da Renânia do Norte-Vestfália, ao longo do leito do rio Ruhr.
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Trata-se de uma conurbação de onze cidades e vários municípios dos distritos administrativos (Kreise) em seus arredores, cujos crescimentos ocasionaram a ligação direta entre um e outro, quase sem espaços rurais entre eles. Os limites urbanos da região são difíceis de serem delimitados, principalmente ao sul, uma vez que a área de municípios mais povoados seguem continuamente e se misturam com os da região metropolitana de Düsseldorf. Esta conurbação forma parte da megalópole conhecida como região do Reno-Ruhr.
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Itália
A unificação política realizada em 1870, à semelhança do que ocorreu na Alemanha, impulsionou, embora tardiamente, a industrialização do país. O setor secundário da Itália é responsável por 25% do PIB italiano, empregando aproximadamente 5 milhões de pessoas. A Itália é um país altamente industrializado. Porém, esta industrialização não é uniforme no país. A maior parte – mais de 82% – dos produtos industrializados na Itália são fabricados no noroeste do país, em um triângulo formado pelas cidades de Milão, Gênova e Turim. O governo italiano tem tentado, desde o final da década de 1950, estimular a industrialização da região sul do país, tendo obtido, porém, pouco sucesso.
Desdobramentos Sociais:
A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, com enormes concentrações urbanas.
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Londres – Revolução Industrial
A cidade de Londres durante a Revolução Industrial. Mostra as péssimas condições de vida da população. É possível ver a superpopulação, comum no período, bem como a insalubridade a que eram submetidas as pessoas. Os porões, comuns na época, podem ser vistos à direita. Fonte: BENÉVOLO, 1999.
A produção em larga escala e dividida em etapas irá distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores irá dominar apenas uma etapa da produção. Na esfera social, o principal desdobramento da revolução foi o surgimento do proletariado urbano (classe operária), como classe social definida. Vivendo em condições deploráveis, tendo o cortiço como moradia e submetido a salários irrisórios com longas jornadas de trabalho, o operariado nascente era facilmente explorado, devido, também, à inexistência de leis trabalhistas.
Dica 3 – Revise tudo sobre a Urbanização no Brasil e fique pronto para as questões de Geografia Enem. Estude com a gente para o Exame Nacional do Ensino Médio! http://blogdoenem.com.br/urbanizacao-brasil-geografia-enem/
O desenvolvimento das ferrovias irá absorver grande parte da mão de obra masculina adulta, provocando em escala crescente a utilização de mulheres e crianças como trabalhadores nas fábricas têxteis e nas minas. O agravamento dos problemas socioeconômicos, com o desemprego e a fome, foi acompanhado de outros problemas, como a prostituição e o alcoolismo.
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Os trabalhadores reagiam das mais diferentes formas, destacando-se o movimento “ludista” (o nome vem de Ned Ludlan), caracterizado pela destruição das máquinas por operários, e o movimento “cartista”, organizado pela “Associação dos Operários”, que exigia melhores condições de trabalho e o fim do voto censitário. Destaca-se ainda a formação de associações denominadas “trade-unions”, que evoluíram lentamente em suas reivindicações, originando os primeiros sindicatos modernos.
O divórcio entre capital e trabalho resultante da Revolução Industrial, é representado socialmente pela polarização entre burguesia e proletariado. Esse antagonismo define a luta de classes típica do capitalismo, consolidando esse sistema no contexto da crise do Antigo Regime.
Fonte:

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