Lívia Machado
A família real
britânica atrai atenção de todo o mundo. Sejam os aniversários da Rainha
Elizabeth II, seja o casamento do Príncipe William com Kate Middleton ou a
fofura do príncipe George e da princesa Charlotte, há sempre olhos atentos para
aquilo que acontece no grupo familiar mais pomposo do Reino Unido.
Hoje, a monarquia
britânica tem papel mais simbólico do que executivo. O poder político é
exercido, de fato, pelo Primeiro-ministro, escolhido pelo Parlamento. Mas nem
sempre foi assim. A criação da monarquia parlamentar nos moldes que vemos hoje
é um resultado da Revolução Inglesa, processo que começou com a Guerra Civil
Inglesa, em 1641, e terminou com a Revolução Gloriosa de 1688.
A monarquia inglesa
está em formação desde a Idade Média, período da história da Europa entre os
séculos V e XV. Em 1215 foi assinada a Magna Carta, que consistia em um acordo
para dirimir conflitos entre o rei e a nobreza, que acabou limitando o poder do
monarca da Inglaterra. O documento impedia, por exemplo, a criação de tributos
sem o “consentimento comum do reino”, o que foi interpretado posteriormente
como o parlamento, instituição representativa das elites inglesas.
Entre 1455 e 1485,
a monarquia inglesa se envolveu em uma disputa pela sucessão do trono,
conhecida como Guerra das Duas Rosas, em referência às rosas vermelha e branca,
símbolos das famílias Lancaster e York, respectivamente, que estavam em
disputa.
O confronto levou
ao enfraquecimento da nobreza e a monarquia passou a uma fase absolutista, com
o poder concentrado nas mãos do monarca. Nesse contexto, o rei Henrique VIII
(rei da Inglaterra entre 1509 e 1547), após confronto com o papa, se tornou o
chefe da igreja na Inglaterra, surgindo assim o anglicanismo.
O ápice do
absolutismo inglês aconteceu durante o reinado da Rainha Elizabeth I, entre
1558 e 1603. Foi um período de forte intervencionismo estatal na economia, com
muitos incentivos às manufaturas têxteis e à colonização do sul dos Estados
Unidos, para plantio de algodão.
A Revolução Inglesa do século XVII trouxe
mudanças significativas na política. O confronto entre a burguesia puritana,
com apoio popular, e a Coroa marcou a primeira fase da revolução, conhecida
como Guerra Civil ou Revolução Puritana. O rei Carlos I acabou morto e foi
instituída uma República na Inglaterra, que durou pouco tempo (1649-1658).
O apoio popular à
Revolução assustou as elites, já que surgiram ideias ameaçadoras de
privilégios, como o desejo pela reforma agrária. Isso fez com que houvesse a
restauração da monarquia na Inglaterra.
A Revolução
Gloriosa, segunda etapa da Revolução Inglesa, foi um pacto entre elites, que apoiavam a
monarquia, mas queriam que ela deixasse de ser absolutista, dando mais força ao
Parlamento. Para consagrar o domínio parlamentar, foi assinada, em 1689, a
Declaração de Direitos (Bill of
Rights, em inglês) e o Parlamento se transformou no centro do poder
na Inglaterra.
Artigo do Percurso
Pré-vestibular e Enem.
Fonte: Portal UAI, O Portal de Minas Gerais
Nenhum comentário:
Postar um comentário